sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Para a tosse...

Quantas vezes após uma tossidela já fomos abordados por alguém que insistentemente nos oferecia um rebuçado para a tosse? Os verdadeiros rebuçados para a tosse do Dr. Bayard são conhecidos por todos nós pois já as nossas avós os usavam sempre que um pigarro mais forte as atacava.

A inconfundivel embalagem branca não engana, e parece que ainda estão para ficar por cá muitos e muitos anos. Mas afinal quem é o Dr. Bayard?


O doutor Bayard era um refugiado francês que chegou a Lisboa por alturas da Segunda Guerra Mundial. Álvaro Matias conheceu-o na mercearia onde trabalhava, após ter vindo do interior do país para ganhar a vida na capital. Bayard queria comprar presunto e Álvaro convenceu-o a comprar um inteiro. O francês passou a ser um cliente assíduo da mercearia mas a sua condição económica começou a deteriorar-se. Álvaro ia-o ajudando como podia.

Finda a guerra, o francês regressou a França e como prova de gratidão transmitiu-lhe a receita dos rebuçados peitorais. A produção começou com uma pequena indústria caseira mas houve posteriormente a necessidade de construir uma fábrica.


A fórmula dos rebuçados Dr. Bayard mantém-se desde 1949. A empresa produz apenas este produto, e é líder de mercado durante todo o ano.


As nossas gargantas agradecem...
"NÃO SOFRA MAIS! ONDE CHEGAM OS REBUÇADOS PEITORAIS DR. BAYARD A TOSSE DESAPARECE!"


Ora nem mais:)

6 comentários:

Ricardo#7 disse...

Que cena..não sei porquê mas a ler isto lembrei-me das chicletes Gorila. Que saudades de coleccionar os papelinhos do macaco enquanto jogava matraquilhos ou Cadillacs and Dinosaurs da Capcom nas máquinas de café! Fiquei nostálgico graças aos míseros Dr.Bayard.
Antigamente era espectacular, quem se iria lembrar hoje em dia de enriquecer à custa de uns supostos rebuçados para a tosse? Demais! Vou lançar um projecto empresarial sobre sugos para a comichão. Ora nem mais:)

Anónimo disse...

Já era ter deixado um post ha mto tempo, mas nao sei pk nao consegui manda-lo.
Esses rebuçados lembram-m a avó, que os tinha sempre na gaveta de cima da mesinha de cabeceira! Lembraste de ir lá buscar?
Eu nunca tinha era reparado no nome dos rebuçados,talvez por nao saber ler na altura e achar que era um rabisco lol e depois disso nunca mais ter olhado pro rabisco com olhos de ler...
***;)

Anónimo disse...

Porque não falar também sobre os rebuçados da Nazaré, também tinham mentol, eucaliptol e outas essências aromáticas oriundas das florestas de Afife, essa simpãtica aurdeia nossa bizinha.
Convenhamos que Bayard é o verdadeiro tira catarros, os outros são genéricos so servem para diminuir as comichões.

L. disse...

Tenho um destes rebuçados na mesinha de cabeceira... deram-me esta semana!

Poison disse...

Eu adoro estes rebuçados, acho que já não é tanto pelo bem que me possa fazer, mas mais por ser um sabor que me lembra imenso o meu passado :D
É bom existirem assim pequenas coisas, boas em todos os aspectos. Bjs

Clementine disse...

Oh, míticos...*